segunda-feira, fevereiro 28, 2011

A vida e a voz interior de cada um

Olá pessoal. Eu sou a Mia Sodré e vou estar cuidando do Smile para a Raíssa, por uns dias. Na verdade, já era para eu ter começado a postar aqui para vocês desde quinta, mas essa semana foi muito enrolada. Primeiro, porque tinha dado um probleminha de layout no meu blog, o Wink! (para quem quiser conhecer), e levei 2 dias para resolver direitinho.
Segundo porque, como todo mundo sabe, é época de volta às aulas, ao menos aqui no Sul (já que, em alguns outros estados desse nosso lindo Brasil, as aulas começaram em fevereiro), e eu ainda estava ajeitando a minha matrícula, coisa que demorou muito, by the way. E também porque andei muito indecisa quanto a estudar naquela escola para qual me mandaram ou pedir uma transferência para algum outro lugar que eu considere melhor qualificado.

E pensando a respeito disso, me dei conta de que nossa vida está sempre repleta de decisões e escolhas, que a qualquer hora podem (ou não) alterar o curso da nossa existência. A gente tem que decidir várias coisas, desde a cor do sutiã até a faculdade que quer cursar. E muitas vezes essas decisões se tornam um tanto quanto difíceis. Quantas vezes nós não avaliamos e reavaliamos uma situação até decidir o que é o melhor a ser feito? Essa cena se repete várias vezes durante um ano, um mês, uma semana e porque não, um dia. Nós sempre estamos querendo buscar o melhor, o que nos favorece mais. Mas então eu pensei: e se o que acharmos que seja melhor não for?

E é aí que entra aquela nossa amiguinha básica de todo santo dia: a indecisão. Aquela que não nos deixa dormir, fazer o dever de casa, escutar música ou cozinhar direito. Aquela que te deixa na maior aflição entre um garoto e outro, entre o vestido ou o short, entre crème brullè e gelatina, entre Psicologia e Direito. É meus amores, as escolhas podem nos atormentar se não soubermos lidar com elas direito. Mas então, o que fazer quanto a isso?

Simples (ou nem tanto): siga seu coração. Pesquisas (feitas com esta que vos escreve e suas antigas amigas) comprovam que pessoas que seguem seu coração, intuição ou seja-lá-como-você-chama-essa-sua-vozinha-interior costumam ser mais felizes e não se arrepender de suas decisões.
Para o pessoal ligado, tá dado o recado: não pense tanto, pensar deixa você maluco. Apenas faça o que tem de fazer e deixe os outros falarem o que tem de falar.
Beijos, pessoal. Eu volto.

 (Mia S. sempre foi uma menina decidida)

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sexta-feira, fevereiro 04, 2011

Apelo

Amanhã faz um mês que a Senhora está longe de casa. Primeiros dias, para dizer a verdade, não senti falta, bom chegar tarde, esquecido na conversa de esquina. Não foi ausência por uma semana: o batom ainda no lenço, o prato na mesa por engano, a imagem de relance no espelho. Com os dias, Senhora, o leite primeira vez coalhou. A notícia de sua perda veio aos poucos: a pilha de jornais ali no chão, ninguém os guardou debaixo da escada. Toda a casa era um corredor deserto, e até o canário ficou mudo. Para não dar parte de fraco, ah, Senhora, fui beber com os amigos. Uma hora da noite eles se iam e eu ficava só, sem o perdão de sua presença a todas as aflições do dia, como a última luz na varanda. E comecei a sentir falta das pequenas brigas por causa do tempero na salada – o meu jeito de querer bem. Acaso é saudade, Senhora? Às suas violetas, na janela, não lhes poupei água e elas murcham. Não tenho botão na camisa, calço a meia furada. Que fim levou o saca-rolha? Nenhum de nós sabe, sem a senhora, conversar com os outros: bocas raivosas mastigando. Venha para casa, Senhora, por favor. (Dalton Trevizan)