segunda-feira, outubro 31, 2011

Imagens *-*



Sabe...

... sou daquele tipo raro de pessoa que se importa. Que se importa com o bem estar dos outros, em agradar, em ser boazinha, em ajudar. Sou do tipo de pessoa que chora quando um amigo não está bem e morre de felicidade por ele. Não do tipo que finge se importar enquanto for conveniente. Sou do tipo que sente falta daqueles que me deram as costas, porque insisto em não esquecer das coisas boas, mesmo estando em duvida se foram verdadeiras. Por isso, às vezes me acho uma boba, nesse mundo dos "espertos", que só se importam em tirar vantagem. Mas to aprendendo... Hoje, só tenho ao meu lado pessoas que confio, e que fariam de tudo por mim, não são muitas, eu sei, mas valem por todas as outras.

segunda-feira, outubro 24, 2011

Futuro Desejado



Nos teus braços eu adormecerei.
Estarei em paz no meu refúgio, sonhando.
Como um bebê eu dormirei,
E acordarei com os teus olhos me vigiando.

E nesse momento, quando nossos olhos se encontrarem,
Meu coração pulsará mais forte, tamanha alegria,
Meus olhos se encherão de lágrimas ,
E meus lábios proferirão:
-Eu amo você, anjo meu!

Já posso imaginar o brilho dos olhos teus
E a emoção que eles me transmitirão.
Seu sorriso brilhará mais que o sol,
De uma beleza entontante e admirável.
Nada nos impedirá de sonhar...
E todos os nossos sonhos, juntos iremos realizar. 


       Sim, esse poema tosco foi escrito por mim, mais precisamente no dia sete de junho. Nenhum motivo especial, digo, não é algo que eu esteja passando agora, mas era na época. Foi uma proposta de redação, pra escola, e hoje quando fui arrumar uns papéis encontrei-o. 
       Quanto ao final de semana e as poucas postagens, tenho uma boa explicação. 
       Como já disse no post ali de baixo, eu fiz o ENEM esse final de semana, e não tive como postar coisíssima nenhuma. Fiquei até o horário máximo, e estou cansada DEMAIS. O ônibus que eu fui/voltei era uma bagunça. Hormônios adolescentes por todos os cantos, ou seja, não deu pra descansar no busão. Espero voltar à ativa amanhã, mas acredito que por hoje seja só isso. 
       Muitos e muitos beijos. 

Raíssa Tayná Klasman 

quarta-feira, outubro 19, 2011

Explicações.

Alguns de vocês, assim como eu, farão o ENEM esse final de semana. Não que eu esteja estudando, ou realmente precisando passar no Exame, mas como não terei o final de semana para fazer a lição de casa, vou aproveitar esses três dias (Quarta -hoje-, quinta e sexta) para adiantar e copiar matéria de uns dias que não pude comparecer às aulas. Sei que muitos compreenderão, e também farão o que estou fazendo. Apressem-se, o fatídico momento se aproxima. Só para vocês saberem, eu não farei a prova na cidade onde moro, ou seja, chegarei em casa num horário - sendo otimista - previsto para mais ou menos 20:00, logo, não poderei postar nem à noite se eu quiser estar viva no outro dia, do contrário estarei zumbizando pelo colégio. Se alguém aí é de Lucas do Rio Verde e vai fazer no Colégio Olavo Bilac, me avisa, :)
Muitos beijos, e rumo ao ENEM. (Tosco isso, eu sei. )


(É exatamente isso que farei com as carteiras após o ENEM acabar. Ok, não farei, mas a vontade é. :} )

terça-feira, outubro 18, 2011

About we



Já parou pra pensar quem é que realmente personifica a primeira pessoa do plural? Sabe-se que, segundo a Língua Portuguesa, nós é definido por eu (primeira pessoa do singular) e outra pessoa qualquer, podendo ser tanto do singular quanto do plural. Quando vou ao médico com minha mãe, eu e ela formamos o 'nós'. Quando estou na sala de aula, fazendo um trabalho em grupo, eu e meus colegas formamos o 'nós'. Quando estou conversando com alguém pela internet, eu e essa outra pessoa formamos o 'nós'. Quando estou viajando em uma excursão, eu e os outros turistas formamos o 'nós'. Quando estou gostando de algum outro menino, eu e ele formamos o 'nós'. No nosso caso, eu e você, apesar de sermos um conjunto de pessoas, não formamos um nós. Ao não ser que você considere eu e meu amor como um plural.

#Inspiring-Photos - Day nine

Olá queridas e queridos. Como estão? Eu estou muito ausente, se disso. Vou fazer uma postagem da #Inspiring-Photos hoje, a da semana passada, que está em atraso. Todas as imagens provém do Tumblr, especificamente, da minha Dashboard, por isso, dar créditos se torna difícil, ainda mais que a pessoa que fez o post, provavelmente, não foi a que botou a imagem na rede. Vocês compreendem, não?
Deliciem-se com as imagens!





















terça-feira, outubro 11, 2011

Feliz dias das crianças

Feliz dias das crianças, e não só pra os menores de 10 anos. Feliz de crianças para todas as pessoas que riem de nada e por nada, que se lambuzam comendo, e adoram brigadeiro! Para aqueles que não resistem a um bom desenho animado e ainda sonham em ser super herois. Para os que ainda tem cartas de Yu-Gi-oh e lembram de todos os pokemóns. Para todas as crianças crescidas, de todas as idades, que não tem medo de ser feliz.


domingo, outubro 09, 2011

Um merecido pedido de desculpas.

Ja observaram a m&rd@ que eu fiz nesse layout? Pois é, acabei deixando-o pior do que estava. E de tão inteligente que sou, não salvei o modelo anterior. Mereço aplausos.

Vou ver se encontro qualquer layout antigo e readaptar, porque assim não vai dar pra ficar.

Muitos beijos.


Comunicado importante.

Ok, com esse título parece que eu vou fazer uma propaganda do tipo "Casas Bahia, amanhã 50% de desconto", mas não. Só estou avisando que o blog vai ficar meio desconfigurado hoje, porque estará passando por mudanças. Espero que compreendam. Muito muitos beijos!

sábado, outubro 08, 2011

Um conto sobre períodos de tempo.

       Torrencial não descreve totalmente o estado de espírito da chuva que batia em minha janela. Os relâmpagos eram tão fortes e sequenciais que, caso não tivesse certeza de tê-lo desligado, verificaria meu abajur. Havia sido um dia complicado. Desde que ele partira, os dias eram complicados. E ele partira há bastante tempo. Eu já era quase boa em controlar dias complicados. A ausência era presente, se é que isso é possível. Meu quarto assumia um ar fantasmagórico quando as tempestades aconteciam, ele se tornava sombriamente assustador, Até mais do que minha alma estava se tornando. Não tê-lo ao meu lado só tornava tudo isso pior. Costumávamos rir em meio aos trovões. Ele dizia que os risos afastavam todo e qualquer medo que se aproximasse de nós. Eu ria e esquecia de todo o resto. A salvação da minha noite era essa e eu tinha absurda noção disso. Cada célula do meu corpo sabia que a melhor à ser feita, era discar aquele velho e conhecido número de celular. Se ele atenderia ou não, era o que me preocupava. 
       Olhei para o criado mudo, o celular jazia tranquilo sobre um velho trilho de crochê. Uma foto de infância estava totalmente visível, mesmo com todas as luzes apagadas. Observei-a. Eu, uma linda menininha de cabelos longos e escuros, trabalhados em uma bela trança, provavelmente tecida por minha avó, habilidosa como ninguém quando o assunto eram trabalhos manuais. Pobre vovó, se fora e eu nem pude agradecê-la por todos os momentos maravilhosos que passamos juntas. 
       Em meio a minha pequena distração, minha música preferida começa a ecoar pelo ambiente. Regina Spektor cantava The Call  à plenos pulmões. A calmaria trazida pela melodia se infiltrou em mim, mas logo o medo, acompanhado pelo discernimento do que aquele som implicava, tomou conta de todo o meu ser. The call era o toque especial das chamadas que provinham do celular dele. Meus neurônios organizaram uma breve linha de pensamento: Se essa música está tocando, é porque ele está ligando. Peguei o celular e observei-o, aguardando um segundo até que a minha visão se adaptasse à intensa luz que fluía da tela. Seu nome saltou-me aos olhos. Eu não precisava ter olhado para ter absoluta certeza do remetente dessa chamada. 
       Entre um clarão e o próximo, o telefone ficou mudo, de repente. 
       "Ele desligou. Não queria falar comigo, de verdade. Só queria imaginar o quão feliz eu ficaria por vê-lo ligando durante uma tempestade, o que significava que eu estaria morrendo de medo."
       Novamente, The call inunda o quarto de modo pleno e absoluto. 
       "Não era verdade, ele realmente quer falar comigo." Tive de lembrar à mim mesma, de súbito. "Não crie expectativas. Ele foi embora, você sabe disso. Não pode iludir-se que vocês foram feitos um para o outro, porque simplesmente não foram." Regina já estava quase no refrão, o que significava que, dentro de alguns segundos, a chamada seria encaminhada para a caixa postal. 
       - Alô? - Tentei parecer o mais controlada quanto pude, mas ao abrir os lábios eu soube que não havia sido o suficiente. 
       - Atrapalho? - O mistério, como sempre, estava presente em sua voz. Seu tom sutil, demonstrando um interesse repentino pelo que eu estaria fazendo. Recordei-me, por um breve instante, do brilho que seus olhos emanavam na última ocasião em que havíamos nos visto. Olhos numa tonalidade absurda de mel, um tom que jamais seria encontrado em qualquer outro par de olhos. Uma cor que só se encaixava bem em sua pele radiante. 
       - Atrapalharia o que? Por favor, Benjamin, não há nada para atrapalhar. - A raiva transpareceu. Era o último sentimento que eu esperava demonstrar, mas lá no fundo, eu sabia que sentia uma raiva qualquer por ele. 

Dia desses...


Dia desses, ainda te digo umas verdades. Dia desses, ainda te imponho umas condições. Dia desses, ainda te dou um gelo. Dia desses, ainda te desculpo. Dia desses, te esqueço. Dia desses, me desapaixono. Acho que um dia desses, eu decido o que vou fazer com relação à nós. Ou apenas à mim. Até lá, tenho tempo. 

- Eu gostaria de poder matar essa escritora que reside dentro de você.
- Não é possível.
- Por que não?
- Ela é igual à uma fênix - renasce das minhas cinzas.

Date a girl who reads – Rosemary Urquico




Tradução e adaptação – Gabriela Ventura
Fonte: Arquivos Olimpianos


























Namore uma garota que gasta seu dinheiro em livros, em vez de roupas. Ela também tem problemas com o espaço do armário, mas é só porque tem livros demais. Namore uma garota que tem uma lista de livros que quer ler e que possui seu cartão de biblioteca desde os doze anos.
Encontre uma garota que lê. Você sabe que ela lê porque ela sempre vai ter um livro não lido na bolsa. Ela é aquela que olha amorosamente para as prateleiras da livraria, a única que surta (ainda que em silêncio) quando encontra o livro que quer. Você está vendo uma garota estranha cheirar as páginas de um livro antigo em um sebo? Essa é a leitora. Nunca resiste a cheirar as páginas, especialmente quando ficaram amarelas.
Ela é a garota que lê enquanto espera em um Café na rua. Se você espiar sua xícara, verá que a espuma do leite ainda flutua por sobre a bebida, porque ela está absorta. Perdida em um mundo criador pelo autor. Sente-se. Se quiser ela pode vê-lo de relance, porque a maior parte das garotas que leem não gostam de ser interrompidas. Pergunte se ela está gostando do livro.Compre para ela outra xícara de café.  Diga o que realmente pensa sobre o Murakami. Descubra se ela foi além do primeiro capítulo da Irmandade. Entenda que, se ela diz que compreendeu o Ulisses de James Joyce, é só para parecer inteligente. Pergunte se ela gosta ou gostaria de ser a Alice.É fácil namorar uma garota que lê. Ofereça livros no aniversário dela, no Natal e em comemorações de namoro. Ofereça o dom das palavras na poesia, na música. Ofereça Neruda, Sexton Pound, cummings. Deixe que ela saiba que você entende que as palavras são amor. Entenda que ela sabe a diferença entre os livros e a realidade mas, juro por Deus, ela vai tentar fazer com que a vida se pareça um pouco como seu livro favorito. E se ela conseguir não será por sua causa.  É que ela tem que arriscar, de alguma forma.
Minta. Se ela compreender sintaxe, vai perceber a sua necessidade de mentir. Por trás das palavras existem outras coisas: motivação, valor, nuance, diálogo. E isto nunca será o fim do mundo.
Trate de desiludi-la. Porque uma garota que lê sabe que o fracasso leva sempre ao clímax. Essas  garotas sabem que todas as coisas chegam ao fim.  E que sempre se pode escrever uma continuação. E que você pode começar outra vez e de novo, e continuar a ser o herói. E que na vida é preciso haver um vilão ou dois.
Por que ter medo de tudo o que você não é? As garotas que leem sabem que as pessoas, tal como as personagens, evoluem. Exceto as da série Crepúsculo.
Se você encontrar uma garota que leia, é melhor mantê-la por perto. Quando encontrá-la acordada às duas da manhã, chorando e apertando um livro contra o peito, prepare uma xícara de chá e abrace-a. Você pode perdê-la por um par de horas, mas ela sempre vai voltar para você. E falará como se as personagens do livro fossem reais – até  porque, são mesmo.
Você tem de se declarar a ela em um balão de ar quente. Ou durante um show de rock. Ou, casualmente, na próxima vez que ela estiver doente. Ou pelo Skype.
Você vai sorrir tanto que acabará por se perguntar por que é que o seu coração ainda não explodiu e espalhou sangue por todo o peito. Vocês escreverão a história das suas vidas, terão crianças com nomes estranhos e gostos mais estranhos ainda. Ela vai apresentar os seus filhos ao Gato do Chapéu [Cat in the Hat] e a Aslam, talvez no mesmo dia. Vão atravessar juntos os invernos de suas velhices, e ela recitará Keats, num sussurro, enquanto você sacode a neve das botas.
Namore uma garota que lê porque você merece. Merece uma garota que  pode te dar a vida mais colorida que você puder imaginar. Se você só puder oferecer-lhe  monotonia, horas requentadas e propostas meia-boca, então estará melhor sozinho. Mas se quiser o mundo, e outros mundos além, namore uma garota que lê.
Ou, melhor ainda, namore uma garota que escreve.

Reconhecendo bons textos

Esse texto não é meu, mas me encantou! *-* Vem daqui




Não me esqueça.
Ouço o sino da catedral bater meia noite, e espero. As lembranças chegam devagar, tomando conta da minha mente bem de mansinho. Hoje não é nenhuma data marcante, nenhum dia além de qualquer outro, onde a lembrança de nós dois ameaça me dominar por inteira. Eu não preciso de dias marcados para lembrar de você, de um horário para chorar. Só é de vez em quando, que essa minha saudade aperta no peito, e a vontade de te ligar predomina na minha mente. Sem avisar ou mandar um bilhete prévio, a vontade de você se avança pelo meu corpo inteiro – desde o dedão do pé pintado de vermelho, até a última californiana dos meus cabelos. E o telefone está tão perto… Por Deus, porque ainda não o joguei pela janela? Eu devia saber que nunca seria capaz de resistir ao ímpeto de ouvir tua voz, de te falar todas as coisas bobas que sempre acabam saindo quando escuto tua risada, de preencher esse estranho vazio que se forma no meu interior. Me desculpa pelos exageros de poeta.
Escuto a discagem do celular começar a ecoar na minha mente. Tantas vezes já escutei esse mesmo barulho, e em nenhuma delas lembro de ter tido tanto medo do depois. E se você desligasse na minha cara? E se atendesse? O que dizer? É tanta coisa que eu tenho pra te falar que, sinceramente, não sei se vale à pena. Não sei se devo perder meu tempo tentando consertar nós dois porque, talvez, já não tenhamos mais jeito. Acho que já nos perdemos tanto em meio a essa confusão que nossos caminhos ficaram inacessíveis. Minha mente – ou, pelo menos, a parte racional dela – sabe que é uma grande loucura estar te ligando. E por meio segundo essa parte racional toma controle, e meu dedo pousa sobre o botão vermelho, até que… Me desculpa pelos sermões.
- Demorou para ligar – a tua voz risonha não mudou nada. Nunca muda, pra ser sincera. Sempre esse mesmo tom de deboche, esse sarcasmo irritante que sempre teve o poder de me enlouquecer. Sinto minhas pernas tremerem e me sento na cama. Fico quase um minuto muda, na espera de encontrar minha voz. Por que, Deus, porque eu fui fraca? Estava quase me esquecendo desse efeito que você tem sobre mim. Quase lá, quase…
- Como sabia que era eu?
Silêncio.
- E quem mais poderia ser, à uma hora dessas? Que eu me lembre, a única louca o suficiente para me ligar de madrugada, é você. – tua risada. Sempre a mesma sonoridade calma que me fazia pensar que nada no mundo poderia dar errado. Sempre me lembra as tardes de domingo, as comédias românticas que me faziam chorar. Tua risada me lembra minha ingenuidade, a perda da minha inocência. Tanta graça desperdiçada, tantos começos perdidos. Me desculpa por ter tido voz.
- Talvez alguma das tuas novas amigas… Vai ver encontrou alguma parecida comigo. – Menos engraçada, mais bonita, menos louca, menos obsessiva. Mais graciosa, menos fria, mais carinhosa. Mas parecida, talvez.
Silêncio. Silêncio. Silêncio.
A linha fica quase muda, e eu só sei que ainda está aí, por conta da tua respiração. Está mais acelerada, embora não tão descompassada como a minha. Eu arquejo, não mais respiro. Me desculpa por reagir tão rápido à você.
- Ana…
As lágrimas chegam nos meus olhos. Respira fundo, não chora, não banca a garotinha, por favor. Coragem, menina, coragem.
- Por favor, não faz isso comigo.
Tarde demais, meu estômago já se embrulhou e meu coração deu mil saltos e pulos e voltas, só pela menção do meu nome nos teus lábios. A lembrança dos momentos de paixão, quando chamavas por mim, gritavas meu nome, arquejavas essas três letras. A tua voz me sendo sussurrada no ouvido, mesmo que por um celular, me assalta e me leva todo o pouco orgulho que me havia restado. Me desculpa por ter me entregado tão facilmente.
- Não fazer isso o quê? Te chamar pelo teu nome? Não brinca comigo dessa maneira, porra. Você me liga e depois diz pra não fazer “isso” contigo. Isso o que, Ana?
Sempre a mesma voz rouca que foi capaz de me enlouquecer. Sempre aquele mesmo pedido escondido para que eu me tornasse tua. Porque sempre me provoca, amor? Porque sempre me transforma nessa manteiga derretida? Tão mais fácil seria me destruir, me transformar em pó. Mas não. Você insiste em fazer teu trabalho só pela metade. Me deixa ser metade-poeira-metade-calor. Sempre nessa espécie de meia vida. Por que você não acaba comigo, amor? Me desculpa por ser tão fraca.
- Isso. Essa mania de falar meu nome devagar, colocando a sílaba tônica no lugar errado. Essa mania de ser errado sempre. Não me convoca, não me chama. Conversa comigo como se fosse outro alguém, por favor. Me menospreza. Mas não me chama pelo nome, não me faz ficar feliz por ter ligado.
Silêncio.
- Então porque me ligou?
Então porque te liguei?
- Não sei, precisava ouvir tua voz. Saber se você está bem, se aquela loira sem sal está te fazendo feliz. Não sei qual é a loira sem sal da vez, mas me contaram que, depois de mim, nunca houve outra morena. Só loiras sem cérebro.
Falo baixinho e rápido na esperança de que você não tenha entendido nada e não tenha notado a minha crise existencial deslocada. Você sempre odiou loiras, o que foi que te aconteceu? Você sempre odiou garotas sem cérebro, porque mudou de repente? Você teve essa vontade repentina de mostrar ao mundo como já havia me esquecido, e a cada manhã acordava em uma cama diferente. Todas loiras, nenhuma morena. Porque isso, por quê? Me desculpa pelas ligações desesperadas.
- É mais fácil, só isso.
Silêncio. 
- Não entendi.
- Por que deveria?
- Não sei. Mas também não sei por que liguei, então, espero que valha a pena. E aí, elas tem te feito feliz? Porque desistiu das morenas?
- Me lembram você.
Silêncio.
- E as outras, não lembram?
- Só quando eu fecho os olhos.
A chuva começa a cair devagar, como se não quisesse ser notada. Pela rua, tantos corações podem estar sendo partidos nesse exato momento. Como o meu. E não deveria haver alguém, aí fora, pronto para me abrigar em seu peito e cantar enquanto durmo? Não deveria haver outro coração partido para desfazer os teus erros? Provavelmente, há. Mas não tenho forças de desligar o telefone e sair para procurá-lo. Você reclama tanto que eu falo por códigos, e olhe isso – eu ainda estou sentada, tentando ler tuas entrelinhas. Me desculpa por ter posto açúcar demais no teu café.
- Ainda ta aí?
- Tô sim.
- E não vai falar nada?
- Não tem mais o que falar.
Era isso que eu precisava ouvir – que você ainda lembra-se de mim. Só isso, e a minha ligação desesperada já valeu a pena. Eu precisava da certeza de que não havias encontrado alguém que te fosse melhor do que eu, que te fizesse um bem maior. Não quero te ver sofrendo, nem de perto. Quero que sejas feliz, juro com todo meu coração. Mas não com outra pessoa. Sozinho, que seja. Quero que sorrias ao ver tua imagem no espelho, mas não olhando para a foto de outra garota. A gente nasceu para ser, e não foi. Por vaidade do destino, por descuido nosso – não sei. Mas não te quero sonhando acordado por um rosto que não seja o meu. Mesmo que não te queira do meu lado, mesmo que te queira a quilômetros de mim. Não quero imaginar outro alguém te fazendo rir da piada sem graça do cavalo, ou te vendo acordar de mau humor e bagunçando teu cabelo despenteado. Essa sou eu, e ninguém mais pode ocupar meu lugar. Por isso, eu precisava ter certeza de que ainda lembravas de mim. Me desculpa por ter cochilado no teu filme favorito.
Silêncio.
- E se eu tivesse te pego pelo braço quando me dissestes que ia partir?
- Eu teria ficado.
- E agora?
- Já é tarde demais.
- Talvez seja cedo, quem sabe a gente ainda não se cruza por aí.
- Duvido muito.
- Então, por que me ligou?
Porque te liguei?
- Você sabe que dia é hoje? – pergunto baixinho.
- Não. Que dia é hoje?
Claro que não, ninguém mais sabe além de mim. Eu escondi essa data a semana inteira, na esperança de que estivesse dormindo, quando ela finalmente chegasse. Faz 1 ano. Exatamente um ano desde a primeira vez que te vi com outros olhos. Desde a primeira vez que cheguei em casa e disse para o espelho: “É ele!” O último da minha lista infinita de decepções. Aquele que encerraria a minha trágica trajetória em busca do amor. Aquele que teria o maior colo do mundo, o peito mais confortável, o cheiro mais delicioso. Faz um ano que planejo nossa vida. Faz um ano que minha inspiração começou. Afinal, como já disse, a dor nos inspira.
Era pra doer tanto?
Me desculpa pela ausência.
- Feliz aniversário, meu amor. – sussurro devagar, quieta. Mantenho o tom baixo pensando que, talvez, você não repare nessa minha loucura romântica. Falo rápido para que você não entenda. Mas disse o que precisava. O que estava entalado na garganta. Não quero ouvir tua resposta, não quero pensar no que poderia ter sido.
Então, desligo.
A ligação caiu. Eu caí junto.
Me desculpa pelo silêncio

sexta-feira, outubro 07, 2011

Para registrar...

O poema que postei ontem [dois posts abaixo], e que participou da 56ª Edição de Poemas do Projeto Bloínques tirou 2º lugar.

Segundo a resenhista:
2º lugar: #Smile! – 9,82 Um poema sentimental, onde vi com clareza tais sentimentos pulsando entre as estrofes e rimas. Só senti falta da pontuação em certos lugares, mas nada muito grave. Parabéns pelo belíssimo poema!

Apenas pra registrar isso e mandar sinal de fumaça.
Muitos beijos.

quinta-feira, outubro 06, 2011

Príncipe

Sabe, o seu príncipe não necessariamente vai ter dois metros de altura, loiro e com olhos claros. Não vai tem uma capa vermelha nem vai te pedir em casamento no primeiro encontro. Ele não vai te salvar do alto de uma torre nem enfrentar dragões ou criaturas mágicas. Ele não vai ter uma voz maravilhosa nem um sorriso encantador com todos os dentes branquinhos e certinhos. Ele vai ter um sorriso tímido e misterioso que lhe causa frio na barriga. Ele vai ter um jeito atrapalhado que te faz rir. Ele vai ter o cabelo bagunçado que você secretamente acha um charme. Ele vai dizer que você é linda depois da aula de educação física. Vai ser aquele que segura a sua mão. Aquele que sente a sua falta. Aquele que não te desmerece na frente dos amigos. Aquele que te abraça e demora de soltar. Aquele que fica envergonhado quando você faz algum elogio. Aquele que se você abrir um pouco os olhos vai perceber que sempre está ao seu lado. Então garota, pare de sonhar com o príncipe de conto de fadas dos livros para não deixar escapar o seu conto de fadas da realidade.





 Obs: Texto extraído do meu blog, quem quiser dá uma passadinha lá. E se gostar, comente e segue :) Semana que vem já vai tá com novas postagens.


Bjs, Carolina P
 

Tentativas poéticas.

Esse som ainda ecoa,
Dentro do meu coração.
Minha alma se amontoa
E pronuncia uma fraca oração.

De qualquer lugar
Eu reconheceria
Esse som que começa a tocar.
Em um breve momento, dançaria.

Ouvir esse timbre
Me lembra teu cheiro,
Não se assombre,
Apenas me refiro
Ao teu vislumbre.
Me viro e confiro.

Nada de você.
Ausência.
Estremece:
Carência.

Nossa música 
Já não é mais nossa.
Clássica,
Quase bossa!

Ausência de sentimento,
Solidão provocada.
Veja se tem cabimento,
Acho que estava equivocada. 

56ª Edição de poemas




Um pedido de perdão... escrito.

Olá, como vão? Espero que estejam todos em paz. Hoje eu resolvi participar de mais uma edição do Bloínques. Aliás, uma que nunca participei: Edição de Cartas. Deixei fluir um tipo diferente de escrita. Aflorei os pensamentos de um garoto, coisa que, até então, nunca tinha feito. Quando escrevo textos, direciono os pensamentos à uma garota. Talvez seja mais fácil pensar como uma menina, sendo uma (lógico, né?!). Mas enfim... rolou um tipo diferente de história, um rumo diferente. Para os preconceituosos, parem por aqui. Para as mentes abertas, prossigam, e espero que entendam a essência e visualizem um belo rapaz escrevendo essa carta, com sua caligrafia cautelosamente milimetrada. O mesmo rapaz que eu visualizei. Muitos beijos. 


Via Láctea, 06 de Outubro de 2011.
Querida mamãe,

#Inspiring-Photos - Day eight







Indicações musicais

Eu ainda não terminei de postar sobre o Rock in Rio, mas não resisti e tive que vir trazer umas músicas bem meigas pra vocês. Esperam que curtam o meu gosto musical :)














Coletânea de frases: Steve Jobs


É por 'culpa' desse cara que, atualmente, sentamos os nossos bumbuns em frente à um computador/notebook e podemos ler blogs legais como o #Smile! Ahahahaha. Sem mencionar a revolução dos iPhones!


  Steven Paul Jobs (São Francisco, Califórnia, 24 de fevereiro de 1955 — Palo Alto, Califórnia, 5 de outubro de 2011) foi um inventor, empresário e magnata americano no sector da informática. Ficou conhecido como co-fundador, presidente e diretor executivo da Apple Inc. Foi também diretor executivo da empresa de animação Pixar e acionista individual máximo da The Walt Disney Company. 
No final da década de 1970, Jobs, em conjunto com Steve Wozniak e Mike Markkula, entre outros, desenvolveu e comercializou uma das primeiras linhas de computadores pessoais de sucesso, a série Apple II. No começo da década de 1980, ele estava entre os primeiros a perceber o potencial comercial da interface gráfica de usuário guiada pelo mouse, o que levou à criação do Macintosh. Após perder uma disputa de poder com a mesa diretora em 1984, Jobs demitiu-se da Apple e fundou a NeXT, uma companhia de desenvolvimento de plataformas direcionadas aos mercados de educação superior e administração. A compra da NeXT pela Apple em 1996 levou Jobs de volta à companhia que ele ajudara a fundar, e ele serviu como Diretor Executivo de 1997 a 2011, ano em que anunciou sua renúncia ao cargo, recomendando Tim Cook como sucessor. 


Eu trocaria toda a minha tecnologia por uma tarde com Sócrates” –Newsweek, 2001

Ser o homem mais rico do cemitério não me interessa. Ir para a cama à noite dizendo que fizemos algo maravilhoso, isso importa para mim”–The Wall Street Journal, 1993
Às vezes a vida te bate com um tijolo na cabeça. Não perca a fé. Estou convencido de que a única coisa que me fez continuar foi que eu amava o que eu fazia. Você precisa encontrar o que você ama. E isso vale para o seu trabalho e para seus amores.Seu trabalho irá tomar uma grande parte da sua vida e o único meio de ficar satisfeito é fazer o que você acredita ser um grande trabalho. E o único meio de se fazer um grande trabalho é amando o que você faz. Caso você ainda não tenha encontrado[ o que gosta de fazer], continue procurando. Não pare. Do mesmo modo como todos os problemas do coração, você saberá quando encontrar. E, como em qualquer relacionamento longo, só fica melhor e melhor ao longo dos anos. Por isso, continue procurando até encontrar, não pare" – discurso durante formatura em Stanford, 2005

Você não pode conectar os pontos olhando para a frente; você só pode conectar os pontos olhando para trás. Assim, você precisa acreditar que os pontos irão se conectar de alguma maneira no futuro. Você precisa acreditar em alguma coisa – na sua coragem, no seu destino, na sua vida, no karma, em qualquer coisa. Este pensamento nunca me deixou na mão, e fez toda a diferença na minha vida.” – discurso durante formatura em Stanford, 2005

Lembrar que eu estarei morto em breve é a ferramenta mais importante que eu encontrei para me ajudar a fazer grandes escolhas na vida. Por que quase tudo – todas as expectativas externas, todo o orgulho, todo o medo de se envergonhar ou de errar – isto tudo cai diante da face da morte, restando apenas o que realmente é importante. Lembrar que você vai morrer é a melhor maneira para eu saber evitar em pensar que tenho algo a perder. Você já está nu. Não há razão para não seguir o seu coração.”discurso durante formatura em Stanford, 2005

Isto foi o mais perto que cheguei da morte e espero que seja o mais perto que eu chegue nas próximas décadas. Tendo passado por isso, posso dizer agora com mais certeza do que quando a morte era apenas um conceito intelectual: nnguém quer morrer. Até mesmo as pessoas que querem ir para o céu não querem morrer para ir para lá. Ainda, a morte é um destino que todos nós compartilhamos. Ninguém conseguiu escapar dela. E assim é como deve ser porque a morte é talvez a melhor invenção da vida. É o agente que faz a vida mudar.É eliminar o velho para dar espaço para o novo. Neste momento, o novo são vocês, mas algum dia não tão longe, vocês gradualmente serão o velho e darão espaço para o novo. Desculpa eu ser tão dramático, mas é a verdade” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Seu tempo é limitado. Por isso, não perca tempo em viver a vida de outra pessoa. Não se prenda pelo dogma, que nada mais é do que viver pelos resultados das ideias de outras pessoas” – discurso durante formatura em Stanford, 2005
Nascemos, vivemos por um momento breve e morremos. Tem sido assim há muito tempo. A tecnologia não está mudando muito este cenário” – Revista Wired, fevereiro de 1996
Se você é um carpinteiro e está fazendo um belo armário de gavetas, você não vai usar um pedaço de compensado na parte de trás porque as pessoas não o enxergarão, pois ele estará virado para a parede. Você sabe que está lá e, então, usará um pedaço de madeira bonito ali. Para você dormir bem à noite, a qualidade deve ser levada até o fim”— Revista Playboy, 1987
Ninguém tentou nos engolir desde que eu estou aqui. Acho que eles têm medo de qual seria o nosso sabor” – reunião com acionistas, 1998
“Entrará para a história como uma grande mudança na indústria musical. Isso é histórico. Eu não posso subestimar isso” [sobre a loja virtual iTunes Music Store] – Revista Fortune, maio de 2003

quarta-feira, outubro 05, 2011

Sonho de consumo: ANGEL ♥♥♥

Olá lindinhas! *-* 
Que tal falarmos sobre moda uns momentinhos? Não é que eu seja apaixonada pelas tendências que nos apresentam, mas prestar atenção pra não pagar mico é quase essencial, não? A Angel é uma referência para mim. Consegue trazer umas tendências doces, sem deixar que o visual fique exagerado. Vejam para crer: 
[Essas rendinhas são muito meigas! ]
[A calça jeans como elemento secundário, mas chamando uma atenção razoável. ]

[A estampa liberty - ou floral, como queiram -, trazendo um look super romântico. ]
[Esse blazer é um charme. Uma proposta leve, para uma pela que geralmente é marcante. ]

[O shortinho com três botões, pouco saruel, numa cor bem básica, trás uma harmonia para o contraste com a estampa liberty. Completando um look fofo *-* ]
[A pólo listradinha é super casual, podendo ser usada no dia-a-dia sem erro. A composição com o shortinho delicado trás um charme à parte] 
[Esse jeans é o meu sonho de consumo! Reparem nos coraçõezinhos do bolso. awn *-* ]
[E quem disse que a Angel só tem roupinhas pro dia-a-dia? Tá ai um exemplo que você pode arriscar quando for sair pra um barzinho. Delicado, ousado e marcante. ]
[Uma composição fresquinha, onde o cintinho no quadril fez uma diferença enorme. ]
[A Angel trouxe uma Espadrilla, que é uma das tendências mais lindas relacionadas a´calçados. Meigo *-* ] 


Outra coisa muito mágica que a Angel disponibiliza no site aqui], são os anjinhos para a sua data de nascimento. Pra quem não sabe, antigamente [quando eu era bem menininha] a Angel vendia camisetas com estampas de anjos, como se fossem da sorte. Essas camisetas vinham em latinhas e eram a coisa mais linda desse mundo. Atualmente, elas vêm em marmitinhas e não deixaram de ser lindas. Para saber qual é o seu anjo, clique aqui. Eu quis saber qual era o meu anjinho, e vejam, só que coisa mais linda: 



LAUVIAH

Seu Anjo diz:  Você já percebeu? Às vezes seguimos caminhos à procura de Deus como um piolho segue na juba do leão sem perceber que já possui o leão inteiro.



Características do Anjo LAUVIAH:
Este Anjo é invocado contra os tormentos do espírito, a tristeza e predispõe ao bem dormir. Favorece as altas ciências, as descobertas maravilhosas e faz revelações em sonhos. Quem nasce sob a sua influência, tem habilidade para entender mensagens e revelações simbólicas. Suas faculdades psíquicas são manisfestadas nos pequenos detalhes, como na música, na poesia, na literatura e na filosofia. O que sonha realizar, torna realidade. As suas coisas materiais, porém, serão conseguidas através de muita luta ou mesmo sofrimento. Gostará da cabala, da filosofia e será uma pessoa culta. Seu Anjo da guarda lhe cobra muita leitura, de todos os tipos, desde um jornal até livros especializados.

Falando através das Flores Cravo: 
Agilização e purificação do Ambiente. Religiosidade. Conquista realizada. Vontade de impressionar, vaidade

LAUVIAH:
Data: 17 de Junho
Hierarquia: Tronos
Horário para conversar com seu Anjo: 5h:20m à 6h:40m
Dia da Semana: Domingo
Vela: Amarela
Cristal: Citrino
Salmo: SALMO 8
Planeta: Sol

Espero que tenham gostado. Me falem sobre o anjinho de vocês! *-*
Beijo beijo