segunda-feira, agosto 27, 2012

Ah, universo, que bom que bom que as coisas mudam. Ontem, era melancolia singular. Hoje, sou felicidade plural.

Deu vontade de escrever uma frasezinha, mesmo que só pra dar uma atualizada por aqui. Fiz coisas ótimas nesse período, mas estava sem internet, então, bem, os poucos que me visitam têm de me compreender. A frase-título denuncia meu novo estado de espírito.

sábado, agosto 25, 2012

(Nunca mais)

Não é o que se pode chamar de uma historia original, mas não importa, é a vida real. Acordar de madrugada, vindo de outro planeta e sentir-se só. A criança acordada em berço de ouro, e a ferrugem ao seu redor. Os mudos da cidade falavam alto demais, coisas que ela não podia mudar, nem suportar. Ela quis voltar pra casa, cansou da violência que ninguém mais via. Viu milhões de fotografias e achou todas iguais. Conta pra mim o que te fez tão mal. Nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais quero te ver chorar.  Nunca mais. Ofereci abrigo, um lugar pra ficar e ela me olhou, como se soubesse desde o inicio que eu também não era dali. E quando sorriu, ficou ainda mais bonita, tinha a força de quem sabe que a hora certa vai chegar.  Lágrimas do sorriso, mãe e filha, chuva e sol, segredos que não conseguia guardar e não conseguia contar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Nunca mais. Eu ainda ando pelas mesmas ruas, a cidade cresce e tudo fica cada vez menor. Agora eu sei que a vida não é um jogo de palavras cruzadas, onde tudo se encaixa. O que será que ela quis dizer, cinco letras começando com a letra “a”. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Conta pra mim o que te fez chorar, nunca mais, quero te ver chorar. Nunca mais. (Engenheiros do Hawaii)

sexta-feira, agosto 10, 2012

Seguindo estrelas


292934_3834122366420_1746436909_n_large
O que que o mundo me fez pra que eu seja tão feliz assim? Cospiração astral, inspiração divina? Não sei como irei explicar-lhes, mas eu, euzinha, sou a pessoa mais feliz que conheço. Sim, logicamente tenho meus momentos de profunda reflexão, confundido por tristeza na visão de muitos, mas pra mim, estágio transitório. Sou Outono, minha gente. Não tenho porque me entristecer. Sou as folhas que caem das árvores, renovando-me. Sou o caule que troca a sau camada exterior, eliminando o que já não lhe trazia mais benefício algum. Sou as flores que brotam nessa específica estação, as mais belas e duráveis. Sou amena, sou calmaria. E, sendo isso, há como não ser alegre? Sei reciclar minhas atitudes. Algo ruim, não faço duas vezes. Algo bom, repito o processo zilhões de vezes.

Pode até ser que algumas pessoas não me notem, mas eu, eu as noto. Percebo ínfimos detalhes, guardo feições e cativo afeição. E, com a benção dos Céus, assim ei de ser pra sempre. Não adianta querer me levar pra balada mais chique da cidade porque eu não vou me divertir. Mas dê-me um livro e uma pessoa com bom papo, então verá a pessoa mais realizada da face de toda a terra.

Sigo palavras e busco estrelas, como os Paralamas do Sucesso cantaram. Corro atrás das letras que surgem em mim, busco as estrelas no céu escuro, guiando meu espírito para que procure a iluminação total.

E quando faz frio, sinto o tempo passar mais lentamente... aprecio cada pequeno detalhe, cada doce ventania que assobia belas canções. A névoa encobre a densidade das relações e nos aconchegamos, aproximando pontos de vista diferentes e debatendo pontos em comum. Com o frio vem a xícara de chá de erva-doce que acalma e liberta o corpo dos males do mundo, vem o cobertor que aquece a alma e acalenta o espírito, vem a paz interior que há tanto buscamos.

E ai de quem disser que não sou feliz. O castigo? Um sorriso daqueles que desmente a dita inverdade. 

terça-feira, agosto 07, 2012

Meu silêncio se declara

Models-marmalade-moonlight.13_large


     De que é que adianta querer te tirar do coração, se as tuas feições não saem da minha mente? De que adianta fingir que não, se minha boca, agora fechada, quase grita que sim, quase grita teu nome? De que adianta ver-te e não poder contar à ti meus sentimentos? Diga-me: é válido amar quieto? 

     Ao imaginar teus braços em torno de mim, meus lábios se curvam em um suave, porém notório, sorriso. Desde meus alvos tempos lembro de ti com ternura. A mesma comicidade ainda está presente em seus atos, as mesmas manias ainda preenchem a sua vida. Será que ainda come o pão com queijo derretido que fica pronto em quinze segundos? Será que ainda canta as trilhas sonoras de filmes como fazíamos no primário?

     Eu sei... qualquer um pode afirmar que - em sua maioria - esses amores de infância não permanecem, não sobrevivem ao amadurecimento que é imposto a cada um de nós. Mas "e se" mudássemos isso? Não é tão difícil imaginar um futuro ao teu lado. Preciso apenas de um flash back ao passado. E que ninguém nos diga que não se pode viver de passado! Se foi bem vivido, porque não revivê-lo? O rock dos anos '80 ainda é tocado, e nós sabemos o porquê. Quando algo é verdadeiramente bom e nos faz bem, sobrevive ao desgaste dos anos.

     Quero passar esses anos ao teu lado. Quero me desgastar junto de ti. Desgastar minhas palavras carinhosas, de tanto repetí-las. Desgastar meu livro de receitas, de tanto cozinhar pra você. Desgastar meus lábios, de tanto beijar-te. 

     E ao imaginar, ainda sorrio, pensando que, caso eu tenha suficiente coragem e você seja suficientemente louco, poderemos estar juntos pelo breve período de tempo que costumo chamar de sempre. 

quinta-feira, agosto 02, 2012

Um sabiá sem residência

Tumblr_m37e0qffgh1rri1bno1_1280_large
Cadê a palmeira que estava aqui?
Sumiu! mas sumiu pra onde?
Pra onde não sei, só sei que não está onde devia.
Foi parar no detalhe que encanta a sala, 
Na cadeira que ambienta a área, no exílio que nós criamos. 
Foi parar na imaginação da criança que sonha, 
Caiu na lembrança do velho e no arrependimento da moça.
Cadê a palmeira em que o pássaro se aconchegava 
E passava as tardes a (en)cantar?
O pássaro ainda existe, persiste...
Mas só por hoje.
O ar se torna mais denso, 
O clima cada vez mais tenso,
E o homem não se dispõe a mudar.
A natureza de vinga, 
Abre as garras e mostra a língua, 
Ameaçando àqueles que um dia ousaram dela zombar. 
(Autoria: Raíssa Tayná Klasman)