quinta-feira, julho 09, 2015

Sobre minha ida para Porto Alegre

Vista da cidade a partir de uma das (poucas) janelas da Fundação Iberê Camargo
Em cada canto que olhava, se percebia de uma maneira diferente. 

Havia uma energia rolando que fazia tudo vibrar mais colorido aos olhos. Fachadas tão antigas, que estavam ali marcando a história e se fazendo presente nela, mas que brilhavam mais ao chegar a rotina. Tinha magia ali, não podia nem questionar tal fato. Sentia-se maravilhada com a quantia de coisas novas para serem vistas, de direções novas a serem exploradas e estradas para serem trilhadas. 

Ali, percebeu que a vida conseguiria ir além dos planos que ela havia feito para si. Percebeu que seus extremos a direcionavam para lugares que ela não havia imaginado estar. Museus tão lindos e obras tão únicas que lhe faziam cogitar uma nova paixão, além das tantas que já carregava no peito. 

E ao andar por aquelas ruas tão irregulares e singulares, percebia que deixava encanto em cada ladeira – que não eram poucas, diga-se de passagem. Realizou dentro de si uma proeza que achava impossível: viu a cidade com olhos de arquiteta, e não mais de turista e percebeu que sua graduação fazia um sentido, por mais torto que pudesse lhe parecer. 

Tanta coisa pra se ver, tais dias não seriam suficientes, de jeito maneira. 

Porto Alegre, ainda lhe sinto. E sinto sua falta.

Vista do restaurante do meu hotel (Everest) ♥

Galera da minha turma na Travessa da Duque de Caxias, ao lado do hotel. 

Um pedacinho da Catedral Metropolitana, que vi apenas o frontão, por falta de tempo. Essa vista é do restaurante do hotel também. 

Detalhe da entrada do Museu da UFRGS 
Interior do Museu da UFRGS
Edificio dos Correios e Telegraphos ♥ 

Correio e Telegraphos
Detalhes do Museu da UFRGS

Interior do Santander Cultural 

Ponte Estaiada e a Arena do Gremio ao fundo 

Detalhes da Travessa da Duque de Caxias, que fiquei apaixonada! 

Mais da Travessa

Só mais uma ♥ 

Gigante da Beira Rio! 

Vista do Guaíba na altura da Fundação Iberê Camargo

Mais uma da vista do Guaíba

Detalhes da Fundação Iberê Camargo. 

sexta-feira, junho 19, 2015

Sobre manter certos segredos

Se teus olhos não me dissessem tanto,
Eu calaria meus pensamentos.

Se teus gestos não me dissessem tanto,
Eu calaria meus pensamentos.

Se teu carinho não me dissesse tanto,
Eu calaria meus pensamentos.

Eu o faria com grande prazer
(Calar meus pensamentos e beijar-te)
Mas não o faço por medo.

Amigo ou inimigo?

Amigo ou paixão?

Existe uma linha tênue entre razão e ação
Que limitam meus passos e palavras
Mas aqui sou ilimitada.

Andar até você ou limitar-me?
Andar até você e lhe dizer todas as palavras?

Sob dilemas, rezo ao álcool
Que diga as palavras que sempre poupei.
Pensado sóbrio, lhe juro.

segunda-feira, junho 01, 2015

Sobre me identificar com textos melancólicos

O texto abaixo, é de autoria de Marina Melz, postado no Blog Entenda os homens. Quando li, me deu um aperto no peito... Rolou uma identificação e um arrependimento ao mesmo tempo. Aquela dor quietinha que mencionei no ultimo texto que postei. Essa identificação pessoal fez com que eu tivesse vontade de guardar esse texto aqui, pra ler quando precisasse. Então, faço dos dela os meus sentimentos e pensamentos. Beijinhos!

Eu sei, a memória recente não é minha aliada. Nas nossas últimas conversas, beirei a psicose. Justo eu, que por tanto tempo defendi que seguíssemos sendo dois, jurei que morreria sem a sua respiração. Implorei descontroladamente, escrevi cartas a próprio punho, poderia até ter exposto a dor que eu sentia numa galeria qualquer só pra que o mundo te detestasse. Enlouqueci.
Se ainda houver tempo – e sempre acho que há – te peço perdão. Não fiz jus a uma história tão leve. Não tive dignidade, não tive forças. Te culpei por uma infelicidade que foi o monstro da expectativa quem criou. Esse monstro engoliu minha autoestima, minha decência, meu senso de ridículo. Isso não é desculpa. É só um pedido de desculpas.
E, se não for pedir demais – talvez seja, vai – eu te peço pra ocupar na sua estante do passado um lugar de lembrança bonita. Não que eu seja melhor, ou que tenha te causado amor maior do que seus outros amores mais duradouros e intensos que nós. Por isso, não quero ser sua lembrança indescritível, seu sexo inenarrável, sua paixão avassaladora. Quero só ser uma lembrança bonita que mereça estar na memória, não ser apenas um álbum amarelado de momentos esquecidos.
Uma recordação leve como uma mensagem no meio de uma tarde difícil, um papo na madrugada sobre a intensidade da vida ou um samba de uma nota só. Como completar a palavra esquecida que completa tão bem o refrão. Como um abraço silencioso e duradouro, um carinho na ponta da orelha que estremece qualquer certeza.
Queria que você ouvisse João Gilberto cantando “o amor, o sorriso e a flor se transformam depressa demais” e sorrisse. Sorrisse porque sabe que eu adoro essa música, porque sabe que o amor metamorfoseou em lembrança bonita e a flor pode até ter virado só uma semente de novo. Mas o sorriso é sempre sorriso porque não há como não ser feliz por termos vivido aqueles dias de entrega.
Ou que você passasse pelo banco da praça onde me disse que não sabia como era possível que eu te amasse tanto e sentisse a brisa te dizer que talvez eu nem tenha te amado tanto quanto minhas palavras repetidas insistiam em falar, mas que foi delicioso passar duas horas no frio do inverno sentindo o maior calor do mundo.Desejo que você não se negue a sentar na praia que escolhemos pra ser nossa, mesmo sabendo que no vai e vem do mar sobram amores dignos daquele pedaço do paraíso. Ela vai estar sempre ali e continua bonita, como a lembrança que eu gostaria de ser pra ti.
Eu queria ser pra você a certeza de que o passado valeu a pena. Não por ser eterno, não por ser melhor ou mais importante que o presente (até porque isso não faz sentido nem pra você nem pra mim). Mas porque nessas lembranças leves estão a certeza que estivemos lá. Inteiros, iguais, entregues. E há nisso uma beleza que nem o pior dos afastamentos deve apagar

quinta-feira, maio 28, 2015

Sobre os 365 dias depois de você

Meu corpo nunca recebeu tanta dopamina quanto quando estivemos juntos. Havia uma coisinha ali que sempre me fez acreditar que iriamos além do que realmente podíamos. Que superaríamos limites de lógica e de física... Impossível explicar com exatidão. Ainda mais agora, passados 365 dias do fim. 

Um ano após o meu caso mais vertiginoso. Altos muito altos e baixos muito baixos. Relativismos a parte, soubemos fazer dar certo. 

Mas quando abandonou-se esse objetivo de "fazer dar certo juntos", essa foi, com toda a certeza do mundo, a queda mais vertiginosa que sofri. O fel mais amargo, o limão mais azedo, o café mais amargo. E ainda deixando as sinestesias a parte, acredito que esse tenha sido um dos piores momentos pro meu psicológico. 

Foi um tombo. Já havia tido uma queda, quase que antes do princípio de tudo, contudo, não posso nem compará-la a esse último tombo. Que de fato, acabou mostrando não ser o último. Porque quando enfio algo na cabeça, não tiro de lá tão cedo. Após cair, continuei chafurdando em humilhação, tentando trazer pra perto alguém que se afastou por desejo próprio e que em momento nenhum disse ter se arrependido, mesmo em meio a declarações mais do que óbvias pela parte que me diz respeito. 

E de fato, hoje penso e não sinto mais vergonha, não sinto arrependimento pelo que foi dito. 

Só sinto um remorso enorme por ter me privado de novas histórias por me ligar a você, naquele tempo. Hoje, após mais de três centenas de dias decorridos do fim que não foi um fim, propriamente dito, sinto que já me desliguei da figura, do homem. Apenas sinto uma solidão do sentimento, uma nostalgia aguda em certos momentos que me lembram os que vivi naquele tempo. Um tempo que foi inegavelmente bom e curto, mas que findou por razões que ainda vão além do meu entendimento, razões que não possuem certo cabimento em mim. 

Eu entendi que não devo questionar. E, de fato, creio que não o faço mais. Sinto o estrito, o inegável... um cheiro aqui e ali, uma presença acolá, uma saudade escondidinha e disfarçada - que não admito, mas se faz presente nas madrugadas insones. Malditas sejam. 

Isso de viver estórias mal-resolvidas é mais intrínseco a mim do que muita coisa que se vê pela casca. Mais frequente do que eu jamais poderia desejar e mais doloroso do que ousaria um inimigo querer. 

É intrínseco a mim também esse disfarce, essa indiferença mal feita que meu rosto exibe por aí. Mas depois desses 365 dias, acho que consigo dizer que os dias nem sempre são iguais depois de ti. Existem dias de leveza, de sensação de livramento e liberdade. Assim como existem os de culpa e solidão, saudades e afins. Para o primeiro, existem os amigos. Para o segundo, existem os travesseiros - e amigos também, quando me falha a vergonha e liberto minha trava para o assunto. 

Hoje, um ano depois, o que eu espero é poder parar de escrever sobre você. Nesse aniversário da tua ausência, eu gostaria de pedir que essa saudade fosse bater em outra porta, fazer morada em outro paradeiro. Porque aqui ela já marcou presença, se fez sentida e causou estrago. Eu apago as velinhas desse bolo de um chocolate amargo, que não me apraz, e sussurro pro vento: "leva pra longe e afasta de mim essa lembrança que tanto causa dor".

domingo, março 22, 2015

Sobre ser, no mais simples sentido do amor.

"Quero um amor que resista ao tempo, uma verdade pra abraçar pra sempre... caminhada de bons sentimentos, um coração que me entenda..."
Love.
Quando penso em ter alguém comigo, não penso que bastaria ser um alguém qualquer. Não é querer ser seletiva e nem nada do tipo, apesar de assumidamente ser. Me renego a algumas felicidades por razões que muitas vezes desconheço, mas o assunto não há de ser esse. 

Quando digo que preciso de alguém comigo, penso em situações já vividas e em outras que gostaria de viver. Essas situações, somadas, resultam no relacionamento que idealizo e anseio. Não convém mencioná-las, apenas dizer o quão feliz poderia ser se as conjunturas astrais agissem. Entretanto, não peço que ajam agora, que sejam instantâneas. Peço capricho dos céus, peço que me prepare uma felicidade tão absurda que surpreenda até mesmo a mim, tão conformada com pequenas atitudes. 

Tão pequenas mas que se mostram tão grandes. Frases soltas escritas e escondidas em lugares que apenas eu conheço, que apenas eu percebo e que chama atenção principalmente do meu coração, mais que aos olhos. Não peço perfeição, peço atenção. Atenção para mínimos detalhes que carecem de um olhar mais terno do que o habitual, de olhares cuidadosos e detalhistas para que percebam o quão importantes e recíprocos eles são. E dessa reciprocidade, peço que surja uma companhia que vá além do Eros. Que seja Ágape, que o afeto afete de fato, que exija sacrifícios em vários aspectos e que se prove valoroso. Que seja Philos, que proporcione lealdade, fidelidade, dedicação e que faça-me crescer mental e espiritualmente, que não monopolize ou escravize, que seja fraterno. E sem ser hipócrita... que haja o Eros também, e que haja em abundância. Que inebrie, que acenda o instinto, que desperte prazeres esquecidos ou desconhecidos. 

Mas não tem pressa não... Tô descobrindo que pra ser par, tem-se de ser ímpar primeiro, tem de ser una. Mas una contente. Una que não tem medo de ser una, pelo tempo que for preciso. Una que vai saber ser duo quando for propício. 

E que se for pra ser duo, seja pra sempre, seja breve, seja firme, seja leve, seja bravo e seja breve. ♥ 

quarta-feira, março 18, 2015

Museu Oscar Niemeyer - Curitiba - Setembro/2014


Ainda seguindo a linha de postagens que eu queria ter feito em 2014 mas não rolou, cá estamos, com as fotos da visita ao MON, meu primeiro Museu e razão do despertar de uma paixão.
























sexta-feira, março 13, 2015

Sobre a ação dos Outonos em mim.

Rain

Não sei se vou conseguir me explicar e me fazer entender, gostaria que isso soasse mais claro do que estou imaginando, mas não sei como seria possível.

Há alguns dias venho me sentindo diferente e coloco a culpa disso na aproximação do Outono, estação minha, como tantos já devem saber. Mas esse é um Outono diferente. Outono em que completo duas décadas de existência nesse mundo. Ainda ontem na faculdade falávamos sobre as crises existenciais que rolam nesses períodos. Mencionei que a minha já rolava há alguns meses e de fato, tenho tido alguns pensamentos a cerca de tal data.

São duas décadas em que aprendi quase tudo de importante que é necessário aprender durante a vida. Acredito que o que vier daqui em diante, é adicional. Aprendi a comer, andar, correr... coisas básicas. Mas também, aprendi a usar Bháskara, a equilibrar reações químicas, a escrever sobre o que penso e a embasar meus argumentos. Acredito que nessas duas décadas, houve um crescimento exponencial de mim. O que vem daqui pra frente, é geométrico, é degrau por degrau, pequenas proporções que apenas agregarão ao que já aprendi.

Mas sobre o que já aprendi.. é muito, eu sei. Entretanto, me parece tão pouco. Ainda tenho uma sede de saber tão grande, um medo de ter deixado de aprender tanto quanto podia. Pode até ser neura minha, mas sinto que preciso saber mais, me aproximar mais das razões de tudo. Refazer minha fé!

Sempre acho que esses meses entre março e junho são os melhores pra isso. Me sinto tão centrada, tão disposta, tão perceptiva e sensível... Espero que esse ano seja como os dois anteriores foram: que o Outono auxilie na tomada de decisões e sirva como período de amadurecimento mental e espiritual.

E além de tudo, que o Outono de dois mil e quinze saiba me proporcionar sabedoria para lidar com as decisões que precisam ser tomadas. Que eu saiba separar o joio do trigo e que consiga explicar isso à quem precisa entender. Que eu saiba ser morada para aqueles que se aproximem de mim, para amigos que precisam de abrigo e porto seguro, que eu saiba oferecer proteção e livrar-lhes de males. Que meu espírito mantenha a confiança e a tranquilidade nas crenças em que ele crê e consiga se estabilizar nesse momento tão confuso, tanto na questão política quando psicológica, que ele saiba escolher a batalha certa pela qual vale a pena lutar e saiba também abandonar as batalhas erradas e as mágoas. Que esse Outono seja de mais que uma simples renovação, mas de transformação.

E ademais, peço apenas que os ventos frios que começam a soprar aqui no sul, possam trazer em seus braços um abraço quentinho onde se aconchegar, que acolha e aconchegue um espírito relativamente cansado das duvidas que tem visto pelos caminhos onde tem passado.

sábado, março 07, 2015

Pra me amar

As vezes me dá aquela vontade de sentir teu braço embaixo do meu pescoço e ter consciência que o outro braço vai me abraçar a noite toda, e ao acordar, você estará ali, tão sereno, tão calmo, de mente limpa, pronto pra ser meu de novo, mais uma vez, mais duas, mais cinco... pra sempre assim. 

Pensando que te quero perto, penso no quanto te quero e espero. Mas preciso confessar que a espera já é grande demais, que o coração anseia logo por te ter perto, junto, grudado, por momentos infinitos apesar de curtos, instantâneos mas duradouros, porque na minha mente eles não são tão efêmeros quanto te parecem. 

Minha efemeridade tem feito me afastar de ti, amor. Mas eu te peço: vem pra perto, não corre, fica... Faz de tudo, supera meus medos, minha insegurança, supera minha birra e teimosia, finge que não sou implicante e irritante, que sou tua menina perfeita... Finge e fica. Mas não finge pra sempre. Me mostra o quanto cê me ama e me quer por perto. Sobre me amar, não finge nunca. Não me engana, não me distrai... Se for pra distrair, faz mordendo minha orelha, me levando pra ver um filme legal e beijando as pontinhas dos meus dedos. Se for pra me distrair, faz pra eu não ver o tempo passar do teu lado, que é pro pra sempre chegar logo. 

E se o pra sempre chegar cedo demais e a parte do felizes aparentemente acabar... Não deixa. Não some, não vaza. Me explica e me queira mais um dia, só mais um. Amanhã vou saber te dar razões pra ficar de novo, mais uma vez, mais um inverno, mais um ano, pra tu ver nosso apê ficar pronto.

Não me diz que precisa de um tempo... Mas se quiser, toma ele pra ti, contudo, não me deixa sozinha, ou eu pego a solidão e danço... Finjo que nunca te pedi nada e que a vida contigo foi doce enquanto pôde, mas que agora amargou, pereceu, não pode mais acontecer. Não me pede tempo, porque se pedir, te dou a eternidade. O único tempo que aceito te dar é pra tirar a roupa e perder o ar me beijando, arfando e me pedindo pra nunca mais cogitar ficar longe. 

Se quer a minha cama como tua segunda morada, deixa meu coração ser a primeira... Deixa eu te colocar dentro de mim e te fazer viver mais vívido, mais colorido e mais lindo do que nunca, sempre dentro de mim. Me deixa te criar e reinventar, te fazer sentir um amor diferente... Amor de poeta. Me deixa te eternizar nas minhas palavras e não me proíbe delas, não me afasta do meu peito e nem do teu. Me faz ser tua sem me diminuir de mim. Me amplifica, me seduz a cada dia e me convence que do teu lado a vida é melhor de ser vivida. 

CasaCor Paraná 2014

Ano passado fiz uma viagem para Curitiba, com a galera da faculdade, cujo intuito era visitar a CasaCor Paraná, mostra de interiores que rolou em Setembro. Tinha ficado de postar umas fotos e bem no fim, esqueci. Para não ficar em débito, cá estão algumas.