Mais uma vez ela passou sem olhar e ele riu. Ele adorava suas variações de humor e viva provocando-a. A verdade é que ele a amava e ela dizia odiá-lo.
Eles seguiam sempre a mesma rotina: iam pra escola, conversavam um pouco, brigavam e no final do dia já estavam juntos novamente, meio a contra gosto, meio sem querer querendo.
Todos se divertiam com a relação instável deles, mas ninguém entendia como ela ainda existia. Isso por que todos viam mais não enxergavam o que realmente existia ali.
Enquanto ela odiava quase tudo que ele fazia, falava ou vestia, ela não resistia aquele jeito irritante dele de ser calmo demais e a sensação que tudo daria certo perto dele mesmo que o mundo disesse o oposto. E enquanto ele odiava quando ela ficava em silencio, gritava ou o nervosismo excessivo, ele não resistia ao ar inabalável dela mesmo quando parecia tudo está perdido, ela não desistia.
E embora as controvérsias, eles não eram tão incompatíveis quanto se imaginava, por que, afinal, o amor é quando as diferenças já não separam mais. E o tal falado ódio é só para disfarçar o amor daqueles que ainda não tem coragem de assumi-lo.
Nenhum comentário:
Postar um comentário