Tenho uma mania bem desagradável - ou talvez não - de assistir filmes de madrugada. Sou daquelas pessoas que têm uma dificuldade enorme pra dormer e por estudar a noite me sinto mais ativa nesse período. Portanto... adaptei quase todas as minhas necessidades/atividades para esse período do dia (ou período da noite, anyway). Essa madrugada eu decidi virar direto (ou seja, não dormir) porque meu metabolismo está bem louco, então, assisti dois filmes e um deles é o "Educação".
Eu já o havia visto, em 2010. Lembro de ter gostado muito, mas não o tinha analisado com olhos mais críticos, lendo-o nas entrelinhas. Preciso dar essa segunda oportunidade para alguns outros filmes que vi na mesma época mas que não dei lá muita chance de ser considerado como bom. OK. Let's go.
Sinopse: Jenny Carey (Carey Mulligan) tem 16 anos e vive com a família no subúrbio londrino em 1961. Inteligente e bela, sofre com o tédio de seus dias de adolescente e aguarda impacientemente a chegada da vida adulta. Seus pais alimentam o sonho de que ela vá estudar em Oxford, mas a moça se vê atraída por um outro tipo de vida. Quando conhece David (Peter Sarsgaard), homem charmoso e cosmopolita de trinta e poucos anos, vê um mundo novo se abrir diante de si. Ele a leva a concertos de música clássica, a leilões de arte, e a faz descobrir o glamour da noite, deixando-a em um dilema entre a educação formal e o aprendizado da vida. (Adoro Cinema)
Educação trata-se de um drama, onde uma jovem londrina com alma francesa se vê presa numa vida entediante e padronizada, frequenta uma escolar rígida e se destaca como aluna, tirando notas excelentes em Literatura, mas padecendo no Latim, que é o único obstáculo no seu caminho no que diz respeito a admissão em Oxford, tão sonhada por seu pai Jack. Toca violoncelo em uma orquestra local e tem duas amigas que vão com ela para todo lado. Ela conhece David em um dia chuvoso, ele a dá carona até em casa e se mostra engraçado e prestativo. O pai de Jenny se encanta com David e com o quão bem relacionado ele é, e costumeiramente, David enrola Jack e leva Jenny para algumas "aventuras". A guria fica encantada com o que o mundo que David a apresenta pode oferecer. Jantares, bares, ocasiõs que ela jamais imaginou vivenciar e diante disso, começa a se desviar dos caminhos que antes seguia à risca. Jenny mata aulas, mente para os pais e deixa de se dedicar aos estudos para se tornar a "namorada" de David. Os fatos que ela descobre sobre ele são o que dão a sequência ao filme.
É interessante pensar em Jenny como uma adolescente dos dias de hoje (apesar de a ambientação do filme se dar em meados dos anos sessenta, acredito, os jovens não mudam tanto assim com o decorrer dos anos. Ou, pelo menos não os seus anseios) que só quer se ver livre das rédeas da família e ser adulta logo. Porém, por mais que ela seja até bastante madura para seus 16 anos, não soube como lidar com as escolhas que tem diante de si: seguir a educação de seus pais ou aproveitar os prazeres da vida? Jenny fez uma escolha ruim, contudo, pôde voltar atrás (com ajuda de sua professora de literature inglesa) e retomar sua vida do ponto que havia feito a má escolha. Jenny teve um bom fim, mas, é cinema, certo? E cinema nem sempre é realista nesses aspectos.
Os cenários são lindos, a fotografia do filme é de tirar o fõlego, a trilha sonora é bem legal e a escolha para o elenco foi bem interessante. Carey Mulligan recebeu um Oscar de melhor atriz por sua atuação em Educação e eu fiquei bem surpresa com Peter, que apesar de não se expresser tanto no filme chegando até a parecer meio bobão, diria eu (prefiro pensar que na verdade, o personagem dele é que era um bobão completo, você irá concordar comigo caso assista o filme) tem uma desenvoltura bem interessante.
(As imagens do post são desta resenha aqui, que, alias, é ótima! E aqui você encontra a lista da trilha sonora)
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