O que que o mundo me fez pra que eu seja tão feliz assim? Cospiração
astral, inspiração divina? Não sei como irei explicar-lhes, mas eu, euzinha,
sou a pessoa mais feliz que conheço. Sim, logicamente tenho meus momentos de
profunda reflexão, confundido por tristeza na visão de muitos, mas pra mim,
estágio transitório. Sou Outono, minha gente. Não tenho porque me entristecer.
Sou as folhas que caem das árvores, renovando-me. Sou o caule que troca a sau
camada exterior, eliminando o que já não lhe trazia mais benefício algum. Sou
as flores que brotam nessa específica estação, as mais belas e duráveis. Sou
amena, sou calmaria. E, sendo isso, há como não ser alegre? Sei reciclar minhas
atitudes. Algo ruim, não faço duas vezes. Algo bom, repito o processo zilhões
de vezes.
Pode até ser que algumas pessoas não me notem, mas eu, eu as noto.
Percebo ínfimos detalhes, guardo feições e cativo afeição. E, com a benção dos
Céus, assim ei de ser pra sempre. Não adianta querer me levar pra balada mais
chique da cidade porque eu não vou me divertir. Mas dê-me um livro e uma pessoa
com bom papo, então verá a pessoa mais realizada da face de toda a terra.
Sigo palavras e busco estrelas, como os Paralamas do Sucesso cantaram.
Corro atrás das letras que surgem em mim, busco as estrelas no céu escuro,
guiando meu espírito para que procure a iluminação total.
E quando faz frio, sinto o tempo passar mais lentamente... aprecio cada
pequeno detalhe, cada doce ventania que assobia belas canções. A névoa encobre
a densidade das relações e nos aconchegamos, aproximando pontos de vista
diferentes e debatendo pontos em comum. Com o frio vem a xícara de chá de
erva-doce que acalma e liberta o corpo dos males do mundo, vem o cobertor que
aquece a alma e acalenta o espírito, vem a paz interior que há tanto buscamos.
E ai de quem disser que não sou feliz. O castigo? Um sorriso daqueles
que desmente a dita inverdade.
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