quinta-feira, agosto 02, 2012

Um sabiá sem residência

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Cadê a palmeira que estava aqui?
Sumiu! mas sumiu pra onde?
Pra onde não sei, só sei que não está onde devia.
Foi parar no detalhe que encanta a sala, 
Na cadeira que ambienta a área, no exílio que nós criamos. 
Foi parar na imaginação da criança que sonha, 
Caiu na lembrança do velho e no arrependimento da moça.
Cadê a palmeira em que o pássaro se aconchegava 
E passava as tardes a (en)cantar?
O pássaro ainda existe, persiste...
Mas só por hoje.
O ar se torna mais denso, 
O clima cada vez mais tenso,
E o homem não se dispõe a mudar.
A natureza de vinga, 
Abre as garras e mostra a língua, 
Ameaçando àqueles que um dia ousaram dela zombar. 
(Autoria: Raíssa Tayná Klasman)

Um comentário:

Fr. Angelo de Siqueira disse...

...da palmeira...resta apenas seu nome..que dos infinitos sentidos que guarda...perde-se em todos...mostra-nos a lingua, tranquila e deseducada...=P

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