segunda-feira, janeiro 31, 2011

O chamado

Começou como um sentimento, que então cresceu em uma esperança, que se tornou então um pensamento quieto, que se tornou então uma palavra quieta, e então essa palavra cresceu mais e mais, até se tornar um grito de guerra: Eu voltarei quando você me chamar, não há porquê se despedir. Só porque tudo muda, não significa que nunca foi assim antes. Tudo que você pode fazer é tentar saber quem seus amigos são. Enquanto marcha para a guerra, escolha uma estrela no horizonte escuro, e siga a luz. Você voltará quando acabar, não há por que se despedir. Você voltará quando acabar, não há por que se despedir. Agora estamos de volta ao começo, é apenas um sentimento e ninguém conhece ainda, mas, apenas porque não podem sentir esse sentimento também, isso não significa quer você tem que esquecê-lo, deixe suas memórias crescerem mais fortes e mais fortes até estarem diante de seus olhos. Você voltará quando te chamarem, não há por que se despedir. Você voltará quando te chamarem, não há por que se despedir. (The call, Regina Spektor) 

quarta-feira, janeiro 19, 2011

Eterno amor presente ♥



Sou inapta para falar do assunto.
Não tenho experiência suficiente 
Para ser capaz de descrever,
O quanto dura a eternidade.

Sinto-me fraca, 
Sem a força necessária
Para demonstrar, o que, imagino,
A eternidade venha a ser.

Julgo-me imcapaz, 
De retratar a importância
E o tempo que ela leva,
Para ter um fim. 

Juras de amor eterno, 
Foram quebradas, falhas.
Juras de amizades eternas, 
Foram esquecidas, apagadas.

A incapacidade do ser, 
De tornar os sentimentos eternos
Me dá um tremendo medo...
Medo de perder-te
De jogar-te no breu do esquecimento e
De abrir mão do nosso eterno amor. 

O amor que juramos ser eterno
E inabalável...
Se torna fraco e falho.
Então, meu maior medo se concretiza.

Quero que o tempo volte...
Que a saudade suma...
Que a verdade apareça
E que o nosso amor volte a ser eterno.

Para que o vivamos com intensidade.
Para que ele não se perca.
Para que o breu não nos engula.
E para que não seja necessário, 
Que nossos corações se distanciem, 
E possam viver essa paixão

Viveremos o nosso eterno amor presente...
- O hoje!
Aquele amor que podemos aperfeiçoar,
e fazê-lo eterno...
Mesmo que apenas em nossos corações.
- É o suficiente para ser lembrado! 

Pauta para o Bloínques. 22ª Edição de poemas. Tema: Eternidade.

sexta-feira, janeiro 14, 2011

Um conto mal contado


Aquele lugar, que tanto inspirou meus sonhos. Aquela praia calma, tranquila e simplesmente linda, que visitei por tantos anos, inocentemente, até hoje.
   Nunca imaginei que pudesse ser assim. Nunca sequer cogitei que eu te encontraria aqui, e que aconteceria desse modo: perfeitamente.
   Chegamos à praia no entardecer. Estávamos de mãos dadas, e de vez em quando ele me fazia parar de andar, pra poder me beijar uma vez ou duas. Sim, eu estava nas nuvens.
   De repente, quando olhei à minha frente, vi uma cama linda, daquelas que se vê nos filmes medievais. Aquelas que tem nos quartos dos reis, que vemos na TV. Uma cama perfeita. Estrategicamente colocada numa pequena faixa verde, antes que a faixa de areia começasse. Eu ouvia o barulho das ondas, quebrando a menos de dez metros do local onde eu estava, ou seja, a magia do oceano inundava meus sentidos. E nos meus ouvidos apenas ecoava o som das ondas e da voz do homem mais lindo que eu já vira dizendo 'eu te amo'.
   Ao redor da cama, haviam velas pequenas, parecidas com as que usamos pra decorar nossos quartos, ou como as que vemos em salas de ciganas e variáveis. Estavam espalhadas de modo extremamente romântico, fazendo com que o anoitecer ficasse iluminado com uma luz baixa e básica das velas.
   Paramos quando chegamos  próximo da cama.
   Eu não conseguia parar de olhar nos olhos daquele menino, o meu menino, dono dos meus sentimentos há tantos anos. O que fazia meu coração tremer, e palpitar a cada vez que nossos olhos se encontravam. Sim, aquele que era meu namorado desde que éramos criancinhas e nem sabíamos o que era um namoro. Nossos corações sempre pertenceram um ao outro.
   Eu sabia que aquele seria o momento crucial do nosso namoro. O momento em que nossos corpos também se pertenceriam, e não apenas nossos corações.
   Mas eu não podia. Eu queria, eu sempre quis. Mas eu não podia. Pensava em outra pessoa há uns meses atrás, enquanto tivemos um rompimento, então naquele momento senti que eu não poderia me entregar. Senti que não seria certo, pertencer ao meu namorado de infância, sendo que havia beijado outra boca há pouco tempo. Foi um momento de fraqueza, mas eu não podia. Não seria justo e nem sincero da minha parte. Então eu não podia.
   Me desvencilhei de seus braços.
   Ele me olhava triste, sem saber o que estava acontecendo. Me senti destruída, abandonando o menino que eu mais amava, e mais queria ter do meu lado.
   Criei forças e pronunciei fracamente:
   - Desculpe, não posso.
   E corri. Corri o máximo que pude. Tropecei várias vezes, mas procurei não olhar pra trás, eu não aguentaria. Apenas corri, e fugi daquele lugar, daquela cena.
   Me senti covarde, mas sei que fiz a coisa certa.
Pauta pro Bloínques. 51ª Edição visual. 

Garota do coração ferido

Acho que nunca te vi do jeito correto, nunca pensei que você pudesse ser da maneira que é. Enganei-me. Mas continuo pensando do mesmo jeito. Não posso negar que você vive no meu pensamento. Eu queria simplesmente poder me iludir e fazer de conta que as coisas não ocorreram desse modo. Porém, apesar das coisas ruins que surgiram entre nós, meu coração clama por ti. E por mais que tenham coisas em você que eu simplesmente abomino, eu não posso apagar o seu nome da minha vida. As lágrimas que chorei por você, me dizem o quanto eu realmente te odeio. Só que saber que você vai estar na minha vida pra sempre me dói e me frustra. Eu te amo, mas não quero ser despedaçada de novo. Não quero ser a garota que se sentiu destruída porque foi abandonada. NÃO. Não quero ser essa garota. Mas há uma coisa que eu nunca contei à ninguém. Eu sempre tive meus receios quanto à você nunca estar tão perto quanto eu precisava... mas nunca questionei. Eu sei que você não é um décimo daquilo que mereço. Mas não questiono, não vou ser a garota do coração ferido, e por isso teve um ponto final.

domingo, janeiro 09, 2011

Seu dom!

Você só pode
Ter o dom, 
De me chatear
E me magoar!

Como você sabe
Tudo que me incomoda?
E porque mesmo sabendo
Acaba fazendo?

Me diz, me diz, 
Como sabe? explica-me!
Como faz pra me chatear?

E porque mesmo eu estando
Magoada e chateada
Continuo te amando? 

sábado, janeiro 08, 2011

Apenas te peço...


Um dia lhe pedi...
Que não em abandonasse
E que tu não me deixasse sozinha
Nos momentos complicados.

Um dia lhe pedi...
Para que não virasse as costas para mim
E eu imagino o quão difícil foi para ti,
Da mesma forma que foi para mim,

Roguei-te que não se esquecesse das promessas,
Que um dia dissemos... que um dia cogitamos.
Pedi-te que lembrasse sempre delas.

Agora lhe imploro. Esqueça.
Faça que nunca nos ocorreu nada.
E evite este sofrimento para ti.

Não precisa lembrar-se das
Inúmeras vezes que rimos juntos.
- Por companheirismo.

Não precisa lembrar-se das
Várias oportunidades que perdemos
- Por medo.

Não precisa lembrar-se das
Coisas erradas que fizemos
- Por imaturidade.

Não precisa lembrar-se sequer
Do meu rosto.
- Eu entenderei.

Sim... isso será melhor para nós.
E por último, e não menos importante,
Lembre-se que sempre seremos amigos.
E nada mais. 


Autoria: Raíssa Tayná Klasman

terça-feira, janeiro 04, 2011

Tua ausência me destroi


Saudades dos teus beijos, 
Dos teus jeitos, 
Dos teus cheiros, 
Dos teus carinhos.

Daqueles momentos em que ficávamos juntos...
De tudo, do sentimento, 
Do companheirismo, 
Dos sonhos que você sonhou comigo.

Quero lembrar pra sempre,
com perfeição, e de você...
-Um príncipe!

Que esse amor não seja esquecido, 
Que a saudade não nos destrua, 
E que a ausência não apague a felicidade que tivemos juntos.

Gabriela - C.F.A.

E se perguntassem o que vem a ser o certo, Gabriela olharia com a cabeça torta como a de um cachorro quando parece não compreender o que se passa. O olhar de repente vidrado de quem tem sede de entender as coisas que acontecem ao redor. Ela não sabia amar, talvez. Então mais um amor havia ido embora, mais um amor havia chegado ao fim. Nessa imensa individualidade onde ninguém podia entristecê-la sempre cresciam espinhos. Espinhos para machucar aqueles que a machucavam, então assim não a tocavam. Não tocava porque o medo da mágoa não deixava que lhe tocassem, ou então havia medo porque não haviam tocado fundo o suficiente para que o medo não existisse. Que triste então estava sendo, mas Gabriela parecia acostumada. Acostumada e fria porque depois de tantas lágrimas, ela finalmente parecia ter secado. A maquiagem borrada em volta dos olhos tinha sido limpa na noite anterior. Quando Antônio e ela se encontraram; ela parecia inteira. Inteira porque não tinha ficado nada dela para trás. Seus olhos eram de desilusão, de cansaço. Cansada de construir sonhos, planos, fantasias. E depois da desilusão ter de destruir uma a uma, como se nada daquilo tivesse um dia existido, só para olhar para trás e não sentir nada do que sentira antes. Era mais um fim doído, choroso, arrastado. Fosse o ponto final sua última lágrima de dor, já havia então sido decretado. Decretado num discurso mudo, num adeus em silêncio. Dito através de tudo daquilo que não havia sido falado. Antônio não parecia prestes a dizer nada. Gabriela não diria; se pudesse escolher, teria ficado calada, mas lhe escapou: “Meu coração tá ferido de amar errado. De amar demais, de querer demais, de viver demais. Amar, querer e viver tanto que tudo o mais em volta parece pouco. Seu amor, comparado ao meu, é pouco. Muito pouco. Mas você não vê. Não vê, não enxerga, não sente. Não sente porque não me faz sentir, não enxerga porque não quer. A mulher louca que sempre fui por você, e que mesmo tão cheia de defeitos sempre foi sua. Sempre fui só sua. Sempre quis ser só sua. Sempre te quis só meu. E você, cego de orgulho bobo, surdo de estupidez, nunca notou. Nunca notou que mulheres como eu não são fáceis de se ter; são como flores difíceis de cultivar. Flores que você precisa sempre cuidar, mas que homens que gostam de praticidade não conseguem. Homens que gostam das coisas simples. Eu não sou simples, nunca fui. Mas sempre quis ser sua. Você, meu homem, é que não soube cuidar. E nessa de cuidar, vou cuidar de mim. De mim, do meu coração e dessa minha mania de amar demais, de querer demais, de esperar demais. Dessa minha mania tão boba de amar errado. Seja feliz.” (Caio F. Abreu)